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julho 14, 2014

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Valiant Hearts: The Great War analise



A sensação com que fico ao olhar para Valiant Hearts: The Great War é que o estúdio Ubisoft Montpellier simplesmente não consegue falhar sempre que usa o seu motor UbiArt Framework. Estamos afinal de contas a falar no estúdio e no motor interno que nos trouxeram os fenomenais Rayman Origins e Rayman Legends que tanta injeção de vivacidade deram aos jogos de plataformas. Depois de aclamado e consagrado, o motor foi utilizado em Child of Light pelo Ubisoft Montreal e conseguiu diversificar o potencial do motor levando-nos a novos parâmetros que provavelmente nem imaginaríamos possíveis olhando apenas para Rayman.

Provada a capacidade do motor para ir além do tom visual de Rayman conseguindo na mesma ostentar a sensação de um produto todo ele desenhado à mão, é inevitável que comece a análise a Valiant Hearts introduzindo primeiro o seu motor. Aliás, acredito que seja algo já normal e esperado pois o seu impacto na experiência é incontornável e por demais evidente. Isto porque a ideia de um produto cujos visuais foram cuidadosamente desenhados à mão é parte importante da alma deste novo produto da Ubisoft. A ideia de estarmos perante uma banda desenhada Franco-Belga é um dos elementos mais definidores da sua essência.

A guerra é algo feio, algo cruel e duro. A guerra é algo completamente desumano que felizmente a maior parte da população jamais irá conhecer. Provavelmente o maior feito do Ubisoft Montpellier neste Valiant Hearts é quase nos fazer esquecer que estamos a conhecer eventos inspirados e decorridos na Primeira Guerra Mundial pois existe diversidade e profundidade suficiente na história para nos fazer sentir bem e envolvidos. Apesar dos cenários consistirem na sua grande maioria em trincheiras ou locais devastados pela guerra, a humanidade presente neste conto é o seu maior triunfo.


A sensação com que fico ao olhar para Valiant Hearts: The Great War é que o estúdio Ubisoft Montpellier simplesmente não consegue falhar sempre que usa o seu motor UbiArt Framework. Estamos afinal de contas a falar no estúdio e no motor interno que nos trouxeram os fenomenais Rayman Origins e Rayman Legends que tanta injeção de vivacidade deram aos jogos de plataformas. Depois de aclamado e consagrado, o motor foi utilizado em Child of Light pelo Ubisoft Montreal e conseguiu diversificar o potencial do motor levando-nos a novos parâmetros que provavelmente nem imaginaríamos possíveis olhando apenas para Rayman.

Provada a capacidade do motor para ir além do tom visual de Rayman conseguindo na mesma ostentar a sensação de um produto todo ele desenhado à mão, é inevitável que comece a análise a Valiant Hearts introduzindo primeiro o seu motor. Aliás, acredito que seja algo já normal e esperado pois o seu impacto na experiência é incontornável e por demais evidente. Isto porque a ideia de um produto cujos visuais foram cuidadosamente desenhados à mão é parte importante da alma deste novo produto da Ubisoft. A ideia de estarmos perante uma banda desenhada Franco-Belga é um dos elementos mais definidores da sua essência.

A guerra é algo feio, algo cruel e duro. A guerra é algo completamente desumano que felizmente a maior parte da população jamais irá conhecer. Provavelmente o maior feito do Ubisoft Montpellier neste Valiant Hearts é quase nos fazer esquecer que estamos a conhecer eventos inspirados e decorridos na Primeira Guerra Mundial pois existe diversidade e profundidade suficiente na história para nos fazer sentir bem e envolvidos. Apesar dos cenários consistirem na sua grande maioria em trincheiras ou locais devastados pela guerra, a humanidade presente neste conto é o seu maior triunfo.
A incrível voz de Dave Pettitt


Além dos visuais, o jogador encontra grande conforto e interesse na humanização de todo este conte e uma incrível parte desse processo está na voz de Dave Pettitt.

Um enorme talento que provavelmente é desconhecido da maior parte de nós jogadores, há muito que trabalha na indústria e participou na dobragem de séries animadas Japonesas.

O seu trabalho é incrível aqui em Valiant Hearts onde executa o papel de narrador e cuja voz encaixa na perfeição dos momentos apresentados.

Seja para transmitir momentos mais alegres no meio do desespero, seja para salientar momentos inesperados de dor, Pettitt é grande no seu trabalho. Um dos grandes factores a ter em conta aqui.





Estes são os bravos corações numa aterrorizante guerra.

Inspirado em cartas reais partilhadas durante esta guerra, Valiant Hearts é um jogo no qual iremos resolver quebra-cabeças para progredir na narrativa. Cenários em 2D nos quais teremos que ultrapassar o obstáculo presente que nos impede de avançar mas infelizmente o desafio é raro. Existem pistas que podemos escolher ver ou não mas toda a informação visual é altamente competente para mostrar de forma intuitiva e fluída o que teremos que fazer. De igual forma, quase todos os quebra-cabeça estão contextualizados com o momento específico que estamos a enfrentar portanto torna-se quase instantaneamente óbvio a ação a executar.

O tom light permite que se instale a sensação dessa mesma banda desenhada que fica sugerida pelos visuais. Temos um tema série, um jovem Alemão que é obrigado a voltar para a Alemanha para combater numa guerra. Em França deixa a sua amada, um filho recém nascido e um sogro que o via como um filho. Esse sogro, é também ele obrigado a entrar na guerra e depois de conhecer um amigo Norte Americano, envolvem-se nas mais diversas aventuras ao longo de vários anos. É agradável ver Valiant Hearts, não me canso de referir, o problema é quando percebemos que não existe qualquer desafio.

Frequentemente temos níveis nos quais simplesmente temos que seguir em frente e executar uma qualquer ação para triunfar perante um obstáculo. Raramente temos um quebra-cabeças que nos faça pensar muito ou sequer perder muito tempo a pensar nele. A sensação que fica foi que de forma alguma quiseram desafiar o jogador a ponto de este se sentir ameaçado ou com desejo de parar de jogar. É tudo muito simples, muito direto, enquanto o jogo espera que o jogador fique envolvido com toda a alma do produto em si. As mecânicas parecem apenas existem para criar alguma interatividade.




Nos níveis em que sentimos que a visão do estúdio é executada em pleno, percebemos o valor das mecânicas de jogo, das funcionalidades que o gameplay tenta apresentar. Enquanto podemos facilmente separar os diversos elementos que o compõe e destacar um ou dois como mais fortes, é a combinação de todos que resulta da forma desejada e pretendida. Percorrer as diversas cidades de França mostra bons momentos mas no final do jogo fica a ideia que poderia ter sido muito mais apesar de o tom não ser propriamente errado ou de deitar fora.

Valiant Hearts brilha mesmo nos seus visuais que conseguem ser tudo o que queriam. Uma espécie de BD que capta toda a emoção e sentimento que este grupo pretendeu inserir no seu produto. Tendo em conta o forte empenho para apresentar factos históricos com sentimentalismo e para, através de textos acompanhados de fotos reais, aprofundar melhor os eventos factuais e os tentar contextualizar no jogo quando são utilizados como ferramentas de jogo, fica a ideia que Valiant Hearts é uma homenagem aos heróis esquecidos que travaram essa Primeira Grande Guerra. O jogador diverte-se imenso a jogar Valiant Hearts e a conhecer os diferentes cenários, ou a aprofundar os personagens apesar de estes raramente falarem, mas quando dá por ela o processo é todo ele praticamente igual de uma ponta à outra. Rapidamente se apercebe que existem itens históricos espalhados pelos níveis e que este é o processo de gameplay que será o único e principal responsável para voltarem a jogar.

Em cerca de 5 horas conseguem terminar o jogo, com praticamente 70/80% dos Troféus ou Conquistas, a partir daí trata-se de repetir alguns níveis que incluem feitos específicos e procurar os itens que nos escaparam. Dificilmente vão encontrar um nível que vos deixe vontade de o voltar a jogar só pelo prazer de tal. É algo que está inerente a estes jogos, descobrir as soluções para os quebra-cabeças é o objetivo e assim que desfeita a "magia" estamos simplesmente a repetir processos sem qualquer tipo de recompensa.

Valiant Hearts vale pela sua alma, vale pela sua fantástica capacidade de agarrar o jogador e na sua simplicidade o envolver na jornada emocionante de quatro personagens. Tem todo o tom de uma banda desenhada, uma boa produção e certamente teve no seu cerne um grupo dedicado de trabalhadores que desejou homenagear heróis de outrora. É um daqueles jogos que me deixa sempre um sabor amargo na hora de os analisar. Não fazem nada propriamente mal e até conseguem ter condimentos fantásticos mas que não evita deixar a sensação que mais deveria ter sido feito. Se as mecânicas de jogo e meio de progressão tivessem sido explorados de forma a dificultar de forma inteligente e válida o jogador, se houvessem mais recompensas e mecanismos para tornar interessante repetir os níveis e então seria fantástico.

Valiant Hearts: The Great War tem todo o mérito de pelo seu visual e pela sua narrativa conseguir oferecer uma história que consegue ser até bem humorada e até adorável mesmo decorrendo num dos períodos mais negros da humanidade. Dificilmente vão encontrar obstáculos a sério, a longevidade é aceitável e a vontade de jogar uma segunda vez é praticamente inexistente mas ainda assim, estes pesados condimentos encontram na balança o equilíbrio de outros bons feitos. A incrível sensação de uma banda desenhada Franco-Belga transformada de forma inteligente em videojogo é um dos seus feitos que melhores recordações me irá deixar.

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